Ela mantinha a cabeça baixa e os olhos fechados. o vento soprava ao lado das janelas trancafiadas do cubículo. suas mãos estavam tremulas, a respiração desesperada. haveria esperança para ela? haveria alguém a esperando quando emergisse do desespero? a vida se afastava dela, era tarde demais. o mundo estava longe, porém ela podia tocá-lo sem senti-lo. a voz falhava de acordo com as palavras e com as lágrimas que lhe corroíam o fôlego. um ultimo fragmento de luz do sol se debatia em seus olhos, guardados como lembrança. as luzes falhas dos postes que iluminavam a rua sombria piscavam, as folhas se debatiam com vida ao serem pisoteadas pela solidão chegando devastadora, não havia cor alguma lá. o preto e branco dominavam seu olhar, escureciam todas suas lembranças. os gritos passados ecoavam distantes pelas portas desertas das casas em pedaços. o fogo ardia a seu lado, mas não surtia efeito contra o frio, contra a dor devastadora que lhe congelava o peito. cerrava os olhos. as imagens lhe perturbavam a mente, esquadrinhavam os borrões em círculos paranóicos.as mãos levantavam-se lentas e mortiças para o lado do rosto, tentando tapar os ouvidos e conter as lágrimas. os lábios ressequidos produziam suspiros ao invés de gritos ensurdecedores. via por detrás das pálpebras cerradas um ponto de cor ser pisoteado até tornar-se um pingo de tinta. tomava-o nas mãos e chorava sobre ele, apagando a luz do sol com as lágrimas salgadas que lhe escorriam pelo rosto triste. a morte passara por ela mas recusara-se dar ao trabalho de carregar tal alma.
Deixe com que eles te esqueçam.
já comentei em outro texto, agora comentando nesse: vc escreve mtoo bem, seus textos são ótimos e com esse não é diferente, parabéns!
ReplyDelete;*
aai, que lindo esse texto meu amoor *-*
ReplyDeletecomo sempre né meelhor ? *-*
UIHAIUSDHIUAHSD, eu te amo demais demais demais e por favor nunca me esqueça (: