Tuesday, 6 April 2010
Mal posso acreditar.
A falsidade rastejava a meu redor, pegajosa e perigosa. eu escorregava nela e me debatia no chão duro que me puxava para si. os olhos cheios de mágoas me fitavam de longe e mãos amigas estavam distantes demais para que eu as puxasse para mim. mal sabia se ainda haveria alguma ajuda ao fim de tudo. estava sentindo a ridicularidade pairar ao meu lado me encarando com os olhos em chamas e os lábios cerrados em linhas finas. independente do quanto eu apertasse meus olhos para não avistar as objeções, as imagens cercavam minha mente, mantidas fixadas em abstinência. podia ouvir suas vozes roucas e sombrias sussurrando em meus ouvidos tentando arrancar-me o que restou de minha razão. meus pés estavam presos pela neblina sombria que pairava acariciando meu rosto, mantendo-me ali imóvel. a raiva gotejava por meus olhos e atingia o chão como ácido abrindo crateras abismais. a incredularidade ria em meu olhar, tachando-me de louca tentando destruir a sanidade do impossível que passava por meus olhos. a visão tornava-se borrada e escura com o passar da respiração, da pulsação. mal podia manter-me desperta e tentando lutar. o ridículo puxou-me para si e ganhou a luta.
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