Monday 29 November 2010

A sola dos pés tocou delicadamente o chão de madeira escura e impulsionou-se para cima, andando em direção ao espelho sujo no meio do quarto escuro. Havia poeira na superfície liso do vidro - só mais uma mostra de que o tempo havia passado. Tirou o pó com a palma da mão e encarou-se, deixando-se afogar no azul dos olhos.
Não tinha percebido como seu cabelo estava opaco, sua pele translucida, seus olhos mortos. Ela estava vazia, oca. Quase podia ouvir o eco quando seu coração batia. Não lembrava-se de quando tinha-se deixado morrer. Em que espelho deixara perdida sua alma.

Sunday 7 November 2010

Você cansa. Cansa das sensações, das lágrimas, das tentativas, do rabo entre as pernas, das mentiras, das saudades, do orgulho, do olhar de esguelha disfarçado, das patadas. Cansa de tentar aceitar tudo, de soluços secos, da indiferença. Cansa de estar cansado. Todo dia. Há tanto tempo. Cansa de desistir. Desistir e desistir repetidas vezes e voltar atrás todo maldito dia. Cansa de engolir as lágrimas, de acenar em concordância, da espera, da esperança, do relógio insistente, dos traços em conversas vazias, do silêncio, da falsa felicidade. Da falsa desistência.

E isso nunca pára. O relógio tique-taqueia e o tempo passa. E o “eu desisto. Adeus” fica pra amanhã.

Wednesday 27 October 2010

E aquela necessidade deixou de existir em si para existir nele como tatuagem, ou unha, ou um fio de cabelo, ou mesmo uma gota de suor que brota na testa. Era como uma droga, o ar para respirar.
Era simples, era palpável, era compreensível.
Era necessário
Champagne and Cigarettes

Friday 15 October 2010

E de repente, não importava.
Porque a noite já havia caído. Porque ela acreditava. Porque ele sabia disso. A lua inoportuna despontou no céu e iluminou seus olhos, fazendo-os faiscarem, como sempre foi; como deveria ser. E não importava o que deveria ter sido, porque hoje já não passava de nada mais do que a suposição do que teria sido uma certeza.

Friday 24 September 2010

E realmente eu vejo que é tarde demais, quando eu olho nos seus olhos; quando eu vejo o tempo que se passou e as chamas que se apagaram e se acenderam em suas orbes. E deveria mesmo ser tarde demais não é? O tempo deveria ter apagado tudo e curado todas as feridas, mas foi só olhar para você - olhar para você de verdade: ver a sua alma, os seus pensamentos, as suas lágrimas soltas e as reprimidas, os seus sorrisos reais, o seu eu de verdade - que eu senti tudo no meu peito arder, chamuscar, queimar; foi como se eu tivesse jogado alcool em feridas recém feitas por uma gilete. E aquela dor bastava para que eu visse que ainda não era tarde demais; que só seria tarde demais quando eu não lembrasse mais os traços das suas feições, não soubesse mais onde você mora ou como gosta de deixar o quarto arrumado, se esta ou não casado, quantos filhos já tem; se você ainda estava vivo.
Porque enquanto eu souber que você chora ouvindo músicas, enquanto você se pegar olhando para fora da janela quando chove esperando ver um pontinho minúsculo de cabelos manchados e olhos marejados, enquanto você sentir frio com abraços antigos e estranhos, enquanto você sentir alguma coisa dentro do seu peito ardendo, chamuscando, queimando eu poderei saber que nada foi em vão. E que não é tarde demais

Sunday 19 September 2010

Champagne and Cigarettes

Quereria ter morrido de um jeito heróico: quem sabe erradicando um mau aterrador ou lutando por um bem maior. Quereria ter morrido sendo reconhecida como alguém que mudou o mundo, fez a diferença na vida e modificou a alma de diversas pessoas. Quereria que meu leito de morte fosse banhado por lágrimas de verdadeiro desespero. Quereria que o mundo parasse, nem que por um mísero segundo e alguém do outro lado do globo azul pensasse em como eu faria falta. Quereria que meus sonhos de criança tivessem se realizado e eu tivesse revolucionado as mentes limitadas de todos que estavam ao meu redor e ter ido além de fronteiras que separam países e continentes, fazendo todos unirem-se em torno de uma opinião minha. Quereria ter sido alguém mais do que fui, ter feito mais do que fiz, ter vivido mais por algo do que pelo que vivi. Quereria não ter perdido tudo de vista em um horizonte distante demais para ser alcançado e ter deixado a vida tornar-se fútil e imprestável. Um desperdício de espaço. Quereria ter sido alguém significativo e não só algo a mais. E não fui.
Fui só mais uma folha que caiu; uma folha seca, gasta, que já deu tudo que poderia dar e fez tanto quanto lhe fora incubido. Só mais uma folha que um dia será tragada pela superfície e transformar-se-á em mais uma parte do solo em que você pisa, da base em que você se sustenta.

P.S.: É tarde demais. Desculpe.

Friday 13 August 2010

Medo


É o medo que toma conta. É o medo que revira estômagos, bagunça mentes, bambeia pernas, faz suar as palmas da mão. É o medo que prevalece sempre, a qualquer hora, a qualquer circunstância. É ele que me toma, que faz-me querer voltar atras, faz-me querer fugir, faz-me querer admitir tudo quanto possível e irreal para escapar. É o medo, doce, palpável, irreal, presente. É o simples medo, o medo que tu me causas, o medo que eu me causo, o medo que me prende em mim. É o meu medo imaginário que me prendeu aqui distância e o seu medo concreto e real que fez-te correr de mim e deixar-me a criar raízes a sua espera. É o medo que embala as doces canções de ninar e põe-nos na inconsciência doce do sono infantil; é o medo que circula e encontra brechas para penetrar em todos meus pensamentos, falas e movimentos; é o medo que vivencio, que sinto, que admiro.
Sei que estou segura, mas o medo me fascina.

Monday 26 July 2010

parece que já faz tanto tempo desde a nossa primeira risada a noite, desde a primeira idiotice engraçada que dissemos que marcou, desde a primeira tarde com chuva, desde a primeira vez que as lágrimas não me deixaram te enganar, desde o primeiro consolo vindo de você, desde a primeira vez que te vi como um porto seguro, desde o primeiro abraço sincero que recebi vindo dos seus braços, desde o primeiro segredo trocado entre nós, desde que eu senti sua necessidade em mim e o inverso. a alegria desses dias é uma lembrança turva e distante mas que pode me aquecer como se fosse hoje que eu estivesse vivendo com você ao meu lado, cuidando de mim. e há a dor. há a perda. há a saudade. se hão esses dias que me aquecem, hão os que me fazem chorar de agonia e gritar desesperadamente querendo a felicidade reinando novamente. esses dias, não só parecem mas são vividos agora. a sua distância, a sua troca, o seu abraço insincero, o seu vulgarizado amor, a sua saudade fingida, os seus sorrisos sarcásticos, a sua recusa; a sua perda de mim e a minha perda de você.
a saudade agora prevalecerá eternamente, pois não podemos viver o que já há muito está morto.

Wednesday 21 July 2010

É ele a minha grande razão de viver. Se tudo perecesse, mas ele ficasse, eu continuaria a viver. E, se tudo permanecesse e ele fosse aniquilado, o mundo inteiro se tornaria uma coisa totalmente estranha. Eu não seria mais parte desse mundo


O morro dos ventos uivantes ♥

Friday 9 July 2010

Antes de começar a escrever, eu fiquei pensando em uma maneira de passar para o papel tudo o que eu sinto, mas percebi que vai ser mais difícil do que eu pensei que seria, porque sentimentos vão muito além de palavras escritas em um pedaço de papel, embora mesmo assim eu vá tentar escrevê-las como se estivesse sentido-as. Algumas palavras são tão importantes quando ditas por uma pessoa, e tão desinteressantes quando ditas por outras; Sentimentos são sentidos, são transmitidos, são omitidos, ou não. Eu não estou falando apenas do Amor, mas do ódio, não apenas da intolerância, mas da compreensão, não apenas da tristeza, mas da felicidade... nem apenas do choro ou do riso, da importância e da insignificância, do que é suficiente e o que não é; De como uma coisa faz toda a diferença para alguém, e é indiferente para outras ao mesmo tempo, ou talvez do quanto alguém se importe, e o quanto alguém use do descaso, ou mesmo de quando você de decepciona, ou se surpreende com uma coisa boa. Simplesmente do quanto uma coisa pequena, pode valer muito mais do que uma coisa muito grande. Do quanto um abraço pode valer mais do que uma palavra, do quanto um olhar pode falar mais do que milhões delas;do quanto um momento de raiva lhe tornatão hostil, e um momento de tristeza lhe torna tão vulnerável. do quão melhor você se sente quando está sozinho, ou não; do quão mal você fica quando uma coisa ruim acontece, e do quão feliz você fica quando uma coisa boa acontece. Do quanto um gesto, uma palavra, uma atitude, um olhar ou um gesto semelhante pode tornar seu dia o melhor, e também torná-lo o pior, depende da maneira como são colocados, quando são colocados ou até mesmo por quem são colocados. Percebemos o quanto confiamos em pessoas que nos deixariam para trás, e do quanto desconfiamos de pessoas que correriam do nosso lado até o fim; ou também o quanto amamos pessoas que nos tratam com indiferença, e do quanto tratamos com indiferença as pessoas que realmente nos amam. Do quanto somos injustos com algumas pessoas, assim como algumas pessoas são injustas conosco. Sim, isso tudo não passa de um grande dilema, mas eu interpretaria mais como um desabafo.

texto escrito pelo
delicioso e solteiro Fernando Stocco (@feernandos), dono do blog delicia TheTiredThings escrito no dia 09/07/2010, às 01:19am. PAGUEM UM PAU!

Wednesday 7 July 2010

Certas vezes acabo me deparando com o passado; é inevitável. E sempre que esbarro nele encontro diversas pessoas: as que foram; as que ainda estão aqui; as que me fizeram feliz; as que me fizeram chorar de rir; as que me fizeram rir pra não chorar; as que me fizeram simplesmente chorar; as que estavam indecisas em fazer-me rir ou chorar. e eu encontro uma pessoa em especial, uma que está em minha vida desde 1999; uma que tem um nome igual ao meu, haha; uma que é minha irmã, há três anos; uma que é especial desde sempre; uma que deixou muita saudade; uma que me ensinou que confiança é de cristal; uma que eu busco loucamente recuperar a amizade; uma que por mais que não tenha os mesmos sentimentos que eu, ainda é tão amada quanto sempre, quando sentia o mesmo tipo de amor por mim. sim, ela já recebeu um texto meu, ela já teve que ler tudo uma vez, mas não parecia o suficiente; não quando eu encontrei uma mostra tão grande do passado e tive que comparar com a do futuro. Dói. Perder um irmão dói. e a saudade dói tanto que chega a ser estranho e deslocado tendo toda a presença dela que encontra-se a meu lado. mesmo perto sinto distante demais, sinto saudades demais mesmo ela estando aqui.
é, irmã, eu sinto sua falta. e eu sinto falta da nossa amizade e eu não quero que seja como foi antes, quero que tudo seja melhor. O futuro sempre promete, espero que ele cumpra essa promessa.



Bárbara Ribeiro Maccarini, sim é para sempre

Friday 25 June 2010

Essa dor é muito real. Ela esta muito presente para ser ignorada, para ser apagada pelo tempo. Ela me persegue com olhos famintos e garras prontas para me trucidarem. O buraco em meu peito cresce a cada respiração. Meus olhos já estão turvos e tudo parece-me borrado para ser reconhecido; me dói acreditar que escaparei com vida. Todos esses anos passaram de maneira insignificante, sem pausa alguma, sem mudança alguma. Sem cor alguma. Todos aqueles dias viraram uma recordação trôpega enquanto essa saudade é uma dor sóbria. Não há escapatória, não há possibilidade. O fim é certo, mas contradiz a vida. O fim está me aguardando numa esquina e cruzarei com ele muito em breve. Não sei dizer se me lamentarei ou irei agradecer. Será apenas o fim. Apenas.



E o céu permanecerá cinza.

Sunday 20 June 2010

gostava de partir corações, tinha mentir como seu hobby, enganava por distração, prometia por diversão. atraia olhares, gritava sem se importar em seria ouvida, comprava discussões, repugnava ilusões. um riso sarcástico fazia parte de seu conjunto de ser, ignorava conselhos, mantinha crenças a distância. cantava músicas de outro mundo, o olhar frio congelava o sol, lágrimas não faziam parte do pacote. imaginava um mundo diferente, tinha os pensamentos em outra galáxia, esperava a música parar, a indiferença tomava conta de suas feições. as horas passavam sem que ela sequer notasse, sonhava com os olhos abertos, evitava sentimentos, pisava nas máscaras. deixava partir, pensava no estúpido amar, escutava o silêncio, se deliciava com a instabilidade, perdia rostos na multidão, encontrava conforto na solidão. os olhos secos mantinham a distância, fazia apaixonar, esquecia de voltar.

vivia sozinha;

Friday 11 June 2010

Nem eu mesma tenho idéia do porque estou fazendo isso. Nem tenho sequer a mais remota ideia de para quem serão dirigidas minhas palavras. Não chego nem a sonhar em dar algum significado a essas palavras largadas em uma folha. Elas são simplesmente isso; palavras perdidas. Palavras que nada significam, nada dizem, nada são. É ridículo perder meu tempo com elas, mas parece-me ser inevitável. Elas vem com tamanha força que chega a ser vertiginoso. Escrevo-as sem vê-las ou lê-las ao final, pois conheço o resultado: Sem sentido.
Palavras não se encaixam a explosões, a vidas, a momentos desesperadores, a lágrimas, a risos, a tristeza, a dias felizes.
Mesmo, quem foi o idiota que as inventou sendo que elas para nada servem se nada realmente descrevem?

Thursday 3 June 2010

O mundo é o mesmo, só há menos razões para se viver.
At World's end

Sunday 30 May 2010

Quero viver o intenso da vida, e voar até a mais alta nuvem, tendo medo de altura. tenho sonhos que são impossíveis, e sonhos que eu jamais chegarei perto de sequer sonhar em realizar. vivo, deixo morrer, deixo partir, imploro pra voltar, sinto a sua falta. confiei e quis guardar os meus segredos para mim mesma, amei e me decepcionei, acreditei nas falsas promessas e tudo que restou de meu coração partido foram algumas lágrimas a mais, mais uma lição e mais uma esperança pra recomeçar. cresci e cresço ainda, perdendo você de mim, deixando que escape pelos meus dedos e que elas escorram por meus olhos. perco rostos na multidão, vejo alguém em ninguém, acredito no silêncio. aprecio mais que me escutem chorar do me digam conselhos inúteis, prefiro que me abracem forte do que me consolem, quero mais que me olhem de longe do que digam coisas ao pé do ouvido. prefiro a companhia da imaginação, do que da ilusão. Tão real minha ilusão. isso é tudo de mim e que nada significa pra você. é mais um sorriso perdido nas lágrimas inacabáveis do Universo. mais um sol e um luar, só uma folha a mais que cai, só mais um sopro do vento. uma confusão ilegível com olhos pasmos de espanto, com cabelos esvoaçantes dançando ao vento. a simples certeza de que se você dizer que em mim não dói, é sinal de que nunca viveu o suficiente para sofrer a decepção mais doce à amarga.

Friday 21 May 2010

Na vida, conservamos muitos colegas. Ganhamos muitos amigos. Mas alguém para ligar, chorar e contar a qualquer hora só encontraremos um. Chamamos essa pessoa de melhor amiga. É aquele alguém que vai te ligar só pra te contar uma coisa boba ou pra fazer um desabafo daqueles que as lágrimas não resistem e se juntam; é aquele alguém que vai aceitar ir com você pra qualquer lugar, seja pro meio do mato, pra festa de uma tia, pra umlugar perfeito. e ainda sim, tudo será perfeito; é aquele alguém que todos os abraços não seriam suficientes, todas as mensagens, depoimentos, ligações, tardes, noites, saídas não bastariam para contar e viver tudo; nem todas as fotos e cartas demonstrariam uma união assim. laços como estes são vistos apenas por dentro; nem toda uma vida bastaria para rir com essa pessoa. Para rir e viver com essa melhor amiga.
Eu achei a minha. a minha melhor amiga. o meu porto seguro, o meu ponto de paz. Quilômetros de distância são uma barreira entre os abraços, as risadas, os desabafos, as notícias instantâneas, as fofocas, o apoio, o impedimento da dor, a razão da alegria, as noitadas que terminam com o sol raiando, os brigadeiros que não deram certo, as fotos mais perfeitas. E todos os milhares de quilômetros não me fazem querer desistir, querer esquecer, querer deixar de lado, querer encontrar um alguém aqui ao meu lado, querer só ir procurar quando preciso. Todos esses milhares de quilômetros me fazem ver o quão bom será quando eu puder te abraçar, puder te contar tudo cara a cara, puder passear com você, poder te consolar, poder estar ali. O tempo todo.
Melhor amiga não é uma coisa que simplesmente se diz, não é simplesmente um posto vulgarizado. Melhor amiga é tudo, sempre.



Dedicado a minha melhor amiga, Gabriela Salles. Simplesmente a pessoa mais importante de toda a minha vida. Eu te amo mais que tudo e nem mil anos me fariam te esquecer.

Wednesday 19 May 2010

quero mais ''ois'' e menos tchau. quero mais pessoas que amem, quero mais conversas sem sentido. quero mais sorrisos, quero mais chuva, quero mais cabelo ruim. quero mais que tudo se exploda, quero ter quem eu amo perto de mim, quero mais abraços sinceros. Quero ver logo que esse papo de ser feliz demora muito e que o importante é agora, o que vem depois agente conserta. quero mais que eu seja a última a ser esquecida, quero que minha cachorra pare de roer meu lápis de olho, quero mais sol. quero menos trânsito, menos cabeça quente, mais noites de risadas. quero mais saídas com as amigas, quero mais ouvir um ''eu te amo'' sincero, quero nunca mais esquecer que vinho e cerveja juntos não dão certo. quero mais mentiras se forem sinceras, mais livros bons, mais amores impossíveis, mais convites para lugares bons. quero mais tempo, quero menos preocupação. quero deixar pra lá o papo de viver no outono e passar a ser feliz cada vez que essa idéia passar na minha cabeça. quero poder anotar que mais de seis doses de tequila não caem muito bem com segunda-feira. quero que o mundo pare de girar pra ter tempo de fazer tudo antes do pôr-do-sol. quero mais viver nessa loucura e largar a tela do computador em casa.

Tuesday 11 May 2010

me sinto na necessidade de dizer, dizer para alguém, para ninguém, para algo. sinto que preciso gritar isso para alguém algum dia ouvir antes que eu exploda. eu preciso, preciso. para você não poderei falar. para meu melhor amigo nada poderei falar. porque ele não é mais meu melhor amigo, porque ele não faz mais parte da minha vida, porque ele não existe mais. porque o que nós tinhamos era tão fragil que se quebrou à um grito. tudo que sobrava do que um dia fora uma amizade fugiu correndo as brigas ridiculas que chegavam para ocupar seu lugar. tudo oque um dia foi minha vontade de resgatar o que sentíamos se esvaiu ao ver que eu me esvai da tua vida.
nada posso dizer, nada quero dizer, nada tenho a dizer. Nada. é só mais um fim.
só mais um.

Monday 3 May 2010

Tudo o que você precisa saber é que às vezes, mas só às vezes, eu penso em você.
Às vezes eu me lembro da sensação do seu abraço, da segurança de seus braços me envolvendo, do carinho que dispunhamos um ao outro. Só às vezes eu te quero aqui comigo, eu te quero sendo meu, querendo fazer com que nos apaixonemos. Só às vezes eu nos desejo juntos.
Às vezes o sol também brilha...

Wednesday 28 April 2010

6 feet undergrond

Há uma memória dentro da minha cabeça ...
Parece que uma parte de mim está morta.
Eu deveria salvá-lo.. mas eu quero ver você se afogar ...
Não há nada que você possa dizer ou fazer ...
As palavras não significam nada quando seus lábios estão azuis.

Eu amo você... agora que você está a seis metros de profundidade.

Monday 12 April 2010

Meu dom é ser sozinha

Estou com saudade de alguém, só não sei de quem.
sim, deveria tentar descobrir.
deveria perguntar a mim mesma como posso sentir sua falta sem saber quem você é.
mas tenho medo das respostas,
tenho medo da saudade que vira do que nunca foi.
Acima de tudo, tenho medo de descobrir você
e te descobrir não sendo meu.

Tuesday 6 April 2010

Mal posso acreditar.

A falsidade rastejava a meu redor, pegajosa e perigosa. eu escorregava nela e me debatia no chão duro que me puxava para si. os olhos cheios de mágoas me fitavam de longe e mãos amigas estavam distantes demais para que eu as puxasse para mim. mal sabia se ainda haveria alguma ajuda ao fim de tudo. estava sentindo a ridicularidade pairar ao meu lado me encarando com os olhos em chamas e os lábios cerrados em linhas finas. independente do quanto eu apertasse meus olhos para não avistar as objeções, as imagens cercavam minha mente, mantidas fixadas em abstinência. podia ouvir suas vozes roucas e sombrias sussurrando em meus ouvidos tentando arrancar-me o que restou de minha razão. meus pés estavam presos pela neblina sombria que pairava acariciando meu rosto, mantendo-me ali imóvel. a raiva gotejava por meus olhos e atingia o chão como ácido abrindo crateras abismais. a incredularidade ria em meu olhar, tachando-me de louca tentando destruir a sanidade do impossível que passava por meus olhos. a visão tornava-se borrada e escura com o passar da respiração, da pulsação. mal podia manter-me desperta e tentando lutar. o ridículo puxou-me para si e ganhou a luta.

Thursday 1 April 2010

Desistir? É. Ainda parece uma boa idéia. Pode ser que utilizando dela eu consiga secar as palavras que correm de meus olhos. Pode ser que seguindo as idéias que todos reprovariam, eu consiga reconstruir meu coração; quem sabe eu não consiga anestesiá-lo a ponto de não mais sentir. Nada. Nunca. Seria bom, seria ótimo, seria perfeito. Camuflar os sentimentos já esta se tornando impossível, já esta sendo um fardo maior do que era. É um peso que eu não agüento carregar, o mundo se tornou pequeno em comparação. Parece tão ridículo ter que me calar e fingir esquecer enquanto as palavras saltam loucamente de meus lábios. Pode parecer, mas não é. Assim eu evito que meu coração se expresse, eu evito que ele grite, que ele me envergonhe perante o nada. Perante a mim. Melhor deixar a noite se estender a minha frente do que ter que me cegar a luz do sol. O frio da noite me aquece, me queima por dentro. As palavras surdas no escuro anestesiam a dor. Com o sol é diferente, com o calor dos abraços apaixonados tudo dói mais. Não quero voltar a sentir. Preciso me prender na escuridão, no silêncio, longe dos olhares que julgam calculadamente. Não vou cair cada vez mais, mantenho preferência por não chegar ao fundo do poço. Minhas forças para a subida teriam se esgotado na queda.
Isso que escorrem por meus olhos? Chamam-se lágrimas. E você nunca as teve.

Sunday 14 March 2010

Ela mantinha a cabeça baixa e os olhos fechados. o vento soprava ao lado das janelas trancafiadas do cubículo. suas mãos estavam tremulas, a respiração desesperada. haveria esperança para ela? haveria alguém a esperando quando emergisse do desespero? a vida se afastava dela, era tarde demais. o mundo estava longe, porém ela podia tocá-lo sem senti-lo. a voz falhava de acordo com as palavras e com as lágrimas que lhe corroíam o fôlego. um ultimo fragmento de luz do sol se debatia em seus olhos, guardados como lembrança. as luzes falhas dos postes que iluminavam a rua sombria piscavam, as folhas se debatiam com vida ao serem pisoteadas pela solidão chegando devastadora, não havia cor alguma lá. o preto e branco dominavam seu olhar, escureciam todas suas lembranças. os gritos passados ecoavam distantes pelas portas desertas das casas em pedaços. o fogo ardia a seu lado, mas não surtia efeito contra o frio, contra a dor devastadora que lhe congelava o peito. cerrava os olhos. as imagens lhe perturbavam a mente, esquadrinhavam os borrões em círculos paranóicos.as mãos levantavam-se lentas e mortiças para o lado do rosto, tentando tapar os ouvidos e conter as lágrimas. os lábios ressequidos produziam suspiros ao invés de gritos ensurdecedores. via por detrás das pálpebras cerradas um ponto de cor ser pisoteado até tornar-se um pingo de tinta. tomava-o nas mãos e chorava sobre ele, apagando a luz do sol com as lágrimas salgadas que lhe escorriam pelo rosto triste. a morte passara por ela mas recusara-se dar ao trabalho de carregar tal alma.

Deixe com que eles te esqueçam.

Monday 8 March 2010

shut up, shut up. i won't hear you :*

Em um lugar MUITO distante, havia uma tartaruga em um dia quente de verão. E ela era chick e exigia um banho na hidromassagem. Conversou com seu cachorro e ele a colocou lá delicadamente. Foi ligada a hidro e lançada lá dentro. Ela, sendo muito inteligente, insistia em ter esperanças de haver uma hidro melhor e pulou no ralo; foi parar no esgoto e passou a lutar pela sobrevivência com as outras tartarugas.

Passaram a nadar pelo esgoto, e desembocaram no mar (todo esgoto vai pro mar, Nemo. Boa sorte *pulo de peixe, peixinho laranja gritando AHHHH ) encontrando lá outras tartas e indo para a ILHA DAS TARTAS e não da Páscoa, dã. Acreditando viverem felizes para sempre. *oooown*

Passados dias e noites em claro bolando planos elas elegeram uma rainha, uma tarta-mor, a Mimimi. Foi assim por um longo tempo até... o Nemo chegar. Lie. Até o dog dono bad que jogou ela na hidro resolveu visitá-las, encontrando assim a tarta imperatriz Mimimi. Porémporémporém, as tartas cat-vice não sabiam das origens da rainha Mor, e amarraram o Dog e disseram que iam jogá-lo em uma mini-fogueira. Onde esta o Chapolim para nos defender?! Oh! *gritos aterrorizados* Só que elas levaram tempo demais para levar até a micro fogueira sensoal e as mini-cordinhas são arrebentadas. O nosso dog friend consegue encontrar sua tarta, que lembra-se dele e o coroa Rei de uma Ilha ao lado, e chama a minha tarta (logo será citada) para morar lá. Os dois tornam-se milionários.

Iniciam-se as gravações de LOST, na Ilha Ao Lado da ILHA DAS TARTAS. *ooooo* e a querida tarta Mimimi é eleita, por votação democrática e sapek –q , a atriz principal. Ao chegarem os cineastas super limdos para gravarem a versão Lost-paia deles. Mas, a minha tarta e o dog resolvem matar os caras e fazer a versão LOST muito mais foda, a maneira deles. A tarta (Mor, a principal da história) torna-se milionária e o dog com a Minha tarta dão o golpe da barriga (?) e roubam todo o dinheiro dela. Fogem e se reencontram, acumulando mais e mais dinheiro para assim matarem o Dan Radclif e o Bill.

Mudaram-se para Hollywood e passaram a fazer um programa clandestino ensinando a furtar grana de tartas milionárias e matar gente perdida em uma ilha desconhecida. Yeah, yeah. (?) É aberto um cabaré bem lhouco, são mortos todos os caras ricos. Adivinha por quem? Não, se você disse Peter Pan errou. Se disse Edward Cullen errou. Se disse “eu tia” errou. D: dó. Foi a tarta mor que sofreu o golpe da barriga. Ela era expert em assinaturas, e colocava somente a ela no testamento deles.

Não, ela não parou por ai. Abriu um reality show com todas as tartas furtadas. Para ganhar audiência, elas pagam b***uete tipo a Tessália gente e fica mais rica porque todos vão querer participar e todos são roubados.E para jamais ser descoberta, se esconde por trás de cascos e usa o nome dos assassinados das ilhas.

(continua...)


Moral da história: Poodles matam :*



to: minha tarta sedução, Jéssica Martins ♥