Wednesday 28 April 2010

6 feet undergrond

Há uma memória dentro da minha cabeça ...
Parece que uma parte de mim está morta.
Eu deveria salvá-lo.. mas eu quero ver você se afogar ...
Não há nada que você possa dizer ou fazer ...
As palavras não significam nada quando seus lábios estão azuis.

Eu amo você... agora que você está a seis metros de profundidade.

Monday 12 April 2010

Meu dom é ser sozinha

Estou com saudade de alguém, só não sei de quem.
sim, deveria tentar descobrir.
deveria perguntar a mim mesma como posso sentir sua falta sem saber quem você é.
mas tenho medo das respostas,
tenho medo da saudade que vira do que nunca foi.
Acima de tudo, tenho medo de descobrir você
e te descobrir não sendo meu.

Tuesday 6 April 2010

Mal posso acreditar.

A falsidade rastejava a meu redor, pegajosa e perigosa. eu escorregava nela e me debatia no chão duro que me puxava para si. os olhos cheios de mágoas me fitavam de longe e mãos amigas estavam distantes demais para que eu as puxasse para mim. mal sabia se ainda haveria alguma ajuda ao fim de tudo. estava sentindo a ridicularidade pairar ao meu lado me encarando com os olhos em chamas e os lábios cerrados em linhas finas. independente do quanto eu apertasse meus olhos para não avistar as objeções, as imagens cercavam minha mente, mantidas fixadas em abstinência. podia ouvir suas vozes roucas e sombrias sussurrando em meus ouvidos tentando arrancar-me o que restou de minha razão. meus pés estavam presos pela neblina sombria que pairava acariciando meu rosto, mantendo-me ali imóvel. a raiva gotejava por meus olhos e atingia o chão como ácido abrindo crateras abismais. a incredularidade ria em meu olhar, tachando-me de louca tentando destruir a sanidade do impossível que passava por meus olhos. a visão tornava-se borrada e escura com o passar da respiração, da pulsação. mal podia manter-me desperta e tentando lutar. o ridículo puxou-me para si e ganhou a luta.

Thursday 1 April 2010

Desistir? É. Ainda parece uma boa idéia. Pode ser que utilizando dela eu consiga secar as palavras que correm de meus olhos. Pode ser que seguindo as idéias que todos reprovariam, eu consiga reconstruir meu coração; quem sabe eu não consiga anestesiá-lo a ponto de não mais sentir. Nada. Nunca. Seria bom, seria ótimo, seria perfeito. Camuflar os sentimentos já esta se tornando impossível, já esta sendo um fardo maior do que era. É um peso que eu não agüento carregar, o mundo se tornou pequeno em comparação. Parece tão ridículo ter que me calar e fingir esquecer enquanto as palavras saltam loucamente de meus lábios. Pode parecer, mas não é. Assim eu evito que meu coração se expresse, eu evito que ele grite, que ele me envergonhe perante o nada. Perante a mim. Melhor deixar a noite se estender a minha frente do que ter que me cegar a luz do sol. O frio da noite me aquece, me queima por dentro. As palavras surdas no escuro anestesiam a dor. Com o sol é diferente, com o calor dos abraços apaixonados tudo dói mais. Não quero voltar a sentir. Preciso me prender na escuridão, no silêncio, longe dos olhares que julgam calculadamente. Não vou cair cada vez mais, mantenho preferência por não chegar ao fundo do poço. Minhas forças para a subida teriam se esgotado na queda.
Isso que escorrem por meus olhos? Chamam-se lágrimas. E você nunca as teve.