Friday 25 June 2010

Essa dor é muito real. Ela esta muito presente para ser ignorada, para ser apagada pelo tempo. Ela me persegue com olhos famintos e garras prontas para me trucidarem. O buraco em meu peito cresce a cada respiração. Meus olhos já estão turvos e tudo parece-me borrado para ser reconhecido; me dói acreditar que escaparei com vida. Todos esses anos passaram de maneira insignificante, sem pausa alguma, sem mudança alguma. Sem cor alguma. Todos aqueles dias viraram uma recordação trôpega enquanto essa saudade é uma dor sóbria. Não há escapatória, não há possibilidade. O fim é certo, mas contradiz a vida. O fim está me aguardando numa esquina e cruzarei com ele muito em breve. Não sei dizer se me lamentarei ou irei agradecer. Será apenas o fim. Apenas.



E o céu permanecerá cinza.

Sunday 20 June 2010

gostava de partir corações, tinha mentir como seu hobby, enganava por distração, prometia por diversão. atraia olhares, gritava sem se importar em seria ouvida, comprava discussões, repugnava ilusões. um riso sarcástico fazia parte de seu conjunto de ser, ignorava conselhos, mantinha crenças a distância. cantava músicas de outro mundo, o olhar frio congelava o sol, lágrimas não faziam parte do pacote. imaginava um mundo diferente, tinha os pensamentos em outra galáxia, esperava a música parar, a indiferença tomava conta de suas feições. as horas passavam sem que ela sequer notasse, sonhava com os olhos abertos, evitava sentimentos, pisava nas máscaras. deixava partir, pensava no estúpido amar, escutava o silêncio, se deliciava com a instabilidade, perdia rostos na multidão, encontrava conforto na solidão. os olhos secos mantinham a distância, fazia apaixonar, esquecia de voltar.

vivia sozinha;

Friday 11 June 2010

Nem eu mesma tenho idéia do porque estou fazendo isso. Nem tenho sequer a mais remota ideia de para quem serão dirigidas minhas palavras. Não chego nem a sonhar em dar algum significado a essas palavras largadas em uma folha. Elas são simplesmente isso; palavras perdidas. Palavras que nada significam, nada dizem, nada são. É ridículo perder meu tempo com elas, mas parece-me ser inevitável. Elas vem com tamanha força que chega a ser vertiginoso. Escrevo-as sem vê-las ou lê-las ao final, pois conheço o resultado: Sem sentido.
Palavras não se encaixam a explosões, a vidas, a momentos desesperadores, a lágrimas, a risos, a tristeza, a dias felizes.
Mesmo, quem foi o idiota que as inventou sendo que elas para nada servem se nada realmente descrevem?

Thursday 3 June 2010

O mundo é o mesmo, só há menos razões para se viver.
At World's end