Sunday 31 January 2010

eu tenho a vida inteira

Sinto falta das teclas de um computador. os textos aqui ficam ficam muito pequenos. mas realmente não importa. só queria dizer dizer que realmente queria que tudo desse certo. e que eu parasse de dizer realmente e jogar casas suíças de bonecas escadarias abaixo. queria que tudo passasse a dar certo e o tempo parasse de me cobrar. queria que alguém que se importasse para eu poder chorar, seguir os planos iniciais à risca. queria queos desejos para cílios se realizassem, a visão borrada cessace e que eu pudesse deixar o mundo perfeito. que os comentários no meu log aparecessem, que a carinha triste feita de lágrimas não secasse, e que meus sonhos fizessem sentido. que eu aprendesse logo a cozinhar e tocar violão, parasse de fazer textos longos e fizesse meus sonhos pararem de ser só isso; nada mais que sonhos. queria que quem eu quero estivesse aqui e também me quisesse lá. queria nunca querer fumar cigarro com gosto, enjoar e fumar Malboro. queria não querer fumar. queria ser bonita e ter alguém comigo, alguém meu. queria descobrir como cabe tanto milho em um pote tão pequeno e como cabe tanta maldade num globo tão sujo. queria não ter perdido meu cílio que tava aqui na folha, já que eu dei um espaço no "Malboro" para não tira-lo dali. queria ter tido mais aniversários. queria ir logo embora daqui. queria deixar de desenvolver perda de memória recente e lembrar o que ia dizer. e sinceramente, queria ter uma letra bonita. queria que o para sempre existisse. queria uma vida interessante e amigos de verdade. queria nunca ter tido o hábito de roer as unhas. queria um abraço apertado e aconchegante em uma chuva que me ensopasse os cabelos e encarcasse as roupas. queria nunca ter guardado palavras e chorado de desespero. queria não ter sentido ódio por uma estupidez insensata, por um passado postiço. queria não fazer um texto bibliográfico. queria ter dois ''eles'' (L) no nome, mesmo me chamando Bárbara, ou que meu nome ficasse bem com o sobrenome. queria não ter esperado tantas letras, tantas palavras, tantas vírgulas, tantas linhas para me desculpar por encher a porra do saco com esses textos gigantes e intediantes. queria não ter desperdiçado meu tempo e o seu listando mais sonhos talvez inúteis.
queria que as palavras regadas de lágrimas fizessem sentido depois.


30/01 02:07AM Uma mesa de madeira, uma caneta, um caderno.

histórias, nossa histórias

são nove e meia, oito horas. no computador são 08:11am, e no blog serão 17/18PM. outro fato: o computador paralisou no mesmo dia. He drives me crazy, haha. e eu queria postar as 22:00 para dar honra ao nome, mas não consegui. essa idéia me veio forte demais, no momento em que eu li "desde 2007, ao para sempre..." e me lembrei de uma pessoa, de um momento, de uma lágrima, de uma gargalhada, de uma briga, de uma sala de aula, de um bilhetinho, de uma cama elástica, de um sofá de enfermaria, de amigos antigos, de um momento de desespero, de uma sensação de perda, de saudade, de um plano bobo, de uma música, de uma paixão, de um beijo, de um abraço, de uma festa,de um rosto banhado de lágrimas, de uma ligação, de um print, de uma conversa, de uma confidência, de um filme, de um beliscão, de uma troca de roupas, de um vídeo que agente nunca colocou no youtube por que a amizade não permitiu, de uma garota invejosa, de pessoas neutras, de deboches, de risos sarcásticos, de chicletes em cabelos longos e loiros, de acusasões, de um celular, de uma decepção, de evocar uma Loira do banheiro, de uma aula de Jazz, de um palco cheio, de uma dança, de um adeus, de um reencontro, de um pedido de desculpas, de distância, de uma festa surpresa que nunca aconteceu, de um ônibus escolar e a brincadeira da toca, de gostar dos olhos verdes do teu primo, de disputar o mesmo menino que hoje é só amigo, de um cobertor com pintinhas pretas na manhã fria do colégio, de segredos, de contar histórias pra um diário esquecido, de chorar nas escadas do Portal, de uma foto roubada, de uma mentira, de uma verdade, de me apresentar o pagode do Revelação, de uma amiga, de uma irmã, de uma parte importante minha, de uma amizade que eu sentirei falta pra sempre, que eu nunca conseguirei tentar esquecer, de uma xará, de uma garota com o nome igual ao meu, de cabelos parecidos com os meus. de um grupo formado por seis garotas, que hoje, não se vêem mais. ao ver o ano 2007 lembrei de uma guria baixinha, de cabelos cor de mel ondulados e olhos castanhos puxados pro verde. lembrei de tantas risadas e lagrimas, da nossa música #fail de espanhol, das vezes que você veio na minha casa e de quando eu fui na sua. lembrei de quando você me disse, quando agente tava fazendo o nosso trabalho de história, e que eu tenho uma marquinha verde na minha bermuda até hoje!, eu lembrei que você me disse "eu nunca vou me esquecer desse dia Babi" "por que?" "porque agente só ficou rindo''. mas nosso trabalho deu certo. a amizade que talvez nem tanto. a amizade que alguém roubou, alguém perdeu e eu não consegui recuperar por completo. a amizade que é minha, e que eu não vou deixar pra trás. Lembrei de você, Bá. lembrei da vontade que ainda me dá de chorar quando eu lembro que amizade é cristal, que a confiança foi abalada e talvez agente nunca mais confie de olhos fechados na outra. e as vezes, eu me esqueço do porque. as vezes, eu queria correr pros teus braços e chorar,e dizer "eu te amo, IRMÃ". mas eu não corro, eu não choro, eu não comprimento algumas vezes, eu não te abraço, eu não apareço de surpresa na tua casa e eu me arrependo disso. eu me arrependo de tudo que um dia aconteceu, mas não me arrependo, realmente, de não deixar esse nosso passado para trás. não me arrependo de estar chorando aqui agora, ao lembrar de tudo e ao querer mais uma vez correr e chorar pra você, e mais uma vez não o fazer. não me arrependo de toda nossa amizade, e até de nossas brigas. eu e você somos indestrutíveis, essa amizade é indestrutível, e já tivemos provas suficientes disso.
apesar do tempo, apesar dos anos, apesar de toda a briga e a desconfiança presente, eu te amo.
você é uma melhor amiga, até hoje. depois de tudo, apesar de tudo agente ainda vai contar histórias, nossas histórias pros nossos netos e filhos. ainda vamos falar "mais um ano/mais cinco anos/ mais dez anos/ mais uma vida" e vamos chorar de saudade e ver, que apesar do tempo e das brigas que vierão e as que, Deus queira que não, inevitavelmente talvez venham, ainda estaremos uma ao lado da outra. e você ainda será minha irmã por opção, ainda será minha gêmea/gêmula (sim, eu lembro. você não, mas eu lembro), ainda seremos Duplamente Bárbara (outra vez, eu lembro) e ainda estaremos de mãos dadas, chorando para a outra.
Isso tudo vai para ninguém menos que uma das pessoas mais importantes na minha vida: Bárbara Ribeiro Maccarini. Eu sinto a sua falta. Eu sinto falta da nossa amizade. Eu sinto falta do SEU te amo.
E eu te amo demais, demais, demais. [desde sempre, para sempre ]

Saturday 30 January 2010

platônico, incondicional

Podia ver minhas mãos tremendo e meus olhos adendo, se avermelhando. Meu coração estava num disparate, minhas pernas estavam bambas e o vento ricocheteava meus cabelos, que voavam loucamente para cima – como se algo lá os chamasse. Havia milhões de vozes histéricas e ansiosas gritando em meus ouvidos. Eu via e sentia diversos papéis e notas diversas voando ao meu lado. A realidade estava prestes a me atingir e eu não me importava. Nada me importava. Eu estava para acordar e deixar os problemas para trás de mim por alguns segundos. Se o mundo fosse desabar nesse momento eu pediria para o caos esperar, ou simplesmente, o ignoraria. Assim como estava ignorando o caos já formado; aquela loucura a minha volta que parecia irreal. Então, num segundo imensurável minha respiração sumiu. Tive que recuperar o fôlego e conter as lágrimas. Não pude agüentar por muito tempo; tudo aconteceu rápido demais e me senti oscilar. Mas não podia desmaiar, não agora; Precisava estar lúcida nesse momento; por que algo me apareceu: Um anjo. O anjo. O meu anjo. tudo que estava em minha fosca linha de visão, era tudo que eu via. E sem perceber corri atropelando aquela multidão e me joguei em seus braços, que, por uma dádiva, corresponderam meu abraço e senti que já poderiam vir me buscar. Porque a felicidade plena já estava completa e o me sonho realizado. O mundo já girava normalmente, tudo estava colorido e eu já podia respirar outra vez com alguma normalidade.
E isso não passa da minha imaginação.

[to: Elidio Augusto Sanna, eu te amo]

06:45 AM

de onde ela vinha, havia música. o céu azul marinho não feria seus sonhos. o sol não desgastava sua pele, sua respiração não era difícil ao ver nos desgastados pulmões pelo fumo antigo. mas ela não estava mais lá. hoje, ela estava sozinha. pessoas a fitavam com dó, mas não se atreviam a se aproximar, o vento a fazia correr. tudo era silencioso e berrante demais para ela poder agüentar sem ficar enjoada e tentar correr ainda mais para longe. mundos paravam ao seu redor sem que ela os olhasse com alguma atenção devida a se preocupar minimamente. palavras inexistentes davam sentido a sua agonia. se via com fome e com sede e esquecia do dinheiro guardado no bolso de seu jeans surrado, esquecia que bastava estender a mão e teria um socorro. ignorava o sentido de ajuda de alguém de fora. as antigas fotografias desbotaram e se tornaram mais outro borrão, mais outra lembrança esquecida. músicas ressoavam de leve como cantigas de ninar e a faziam cantar para se ensurdecer e não ouvir o mundo ao seu redor. toda a irrealidade que a cercava não passada da verdade esquecida dos anos atrás. estava tudo falso demais para ser agora. não se ouvia mais a música.

[to: Gabi Salles, amiga de blog. Obrigada por tudo linda, principalmente por essa inspiração. haha ]

foi tudo e mais um pouco, enfim...

Eu não te conheço. eu nunca te conheci, nunca te vi. você não sabe quem eu sou e eu não sei quem você é. não somos quem pensávamos que éramos, e isso descobrimos ao sabermos que não nos conhecíamos. jamais te vi antes, nem meus mais loucos sonhos. um completo desconhecido. mas, mesmo nunca tendo visto o seu rosto, por que sinto que já te vi? porque mesmo nem fazendo a mínima idéia do seu nome, porque eu sinto que poderia grita-lo caso você fosse para eu nunca mais te ver, por mais uma primeira vez? Como eu posso dizer que eu te amo se eu nem ao menos sonhei com você uma única vez? por que seu rosto desconhecido me parece familiar? por que meus braços voam instintivamente para frente com vontade de te abraçar? e memórias voltam a vida; como se elas quisessem que eu soubesse quem você é, soubesse o por que de seu olhar perturbado e seus lábios voltados para baixo. e eu sei. é por que você me sente também , por que você me ama também sem nem ao menos saber. porque você sabe quem eu sou, sem saber, sem conhecer meu nome. nosso olhar perturbado se deve ao fato de nós nos conhecermos; quem sabe de outra vida, quem sabe de outro sonho. mas ao olhar eu seus olhos, eu me reconheço lá. Eu posso ver cada traço meu em você – em cada gesto, cada olhar, cada sorriso, cada modo, cada expressão: sou eu, em uma mistura sua. e se eu me olhar no espelho de seu olhar, te verei lá. em partes de mim, por que eu sou você e você me é. sua voz me parece familiar, como aquelas antigas cantigas que ouvimos sem saber da existência, mas reconhecemos pois nos eram cantadas ao sermos bebês. seu sorriso me faz sorrir, me da segurança, me da paz por que eu o conheço, dos melhores sonhos que minha mente insiste em esquecer. seu corpo flutua na inconsciência para mim, por que eu já estive entrelaçada nele no melhor de meus abraços. seus lábios são, e eu sei que são, tão doces, suaves e macios e eu o sei muito bem pois já os toquei, em algum momento. seus traços me são mais meus do que os meus próprios, me fazem sentir melhor do que eu mesma poderia em meus melhores dias. e mesmo sem te conhecer, mesmo sem ter idéia de quem você é, eu sinto sua falta.

Friday 29 January 2010

i can read a book ♪

" Fade in. Exterior. Noite. Lanchonete. Um homem de beleza incomum está sentado em uma mesa escrevendo em seu laptop solitário um romance que o tirará da miséria e lhe dará a casa própria. Era noite de lua cheia. Podia-se ouvir crianças brincando perto dali; ele sorria ao ouvir o som de suas risadas. De repente ele desvia o olhar de sua história e olha para o lado. Uma bela jovem aparece em seu caminho. Seus olhares se cruzam. Naquele instante um clarão surge no céu e um meteoro flamejante atinge a Terra. Os dois apesar de não se conheceram dão as mãos e correm para a porta dos fundos da lanchonete. Tudo esta um caos – o céu estava de um cinza horripilante, as árvores se recurvavam e tombavam para o chão, placas já voavam, podia-se ver um furacão vindo ao longe e sentir o leve estremecer do solo a seus pés, placas voavam de encontro as pessoas, ouvia-se choro e gritos de terror por toda parte – eles não acharam lugar para se esconder. Tudo tremeu de uma forma brusca e eles foram arremessados de encontro a uma parede, uma árvore tombou sobre eles esmagando-os. Já não se via mais a lua. (...)De repente, eu abri os olhos e fitei o alto. Pode-se dizer que fiquei maravilhada. Eu acordei do meu torpor, do meu desmaio subseqüente, daquele pesadelo que eu vivi estando acordada. Então comecei a ouvir. Não que não estivesse ouvindo nada, simplesmente ainda não havia notado a presença de outros sons em meus ouvidos a não ser meu coração que ainda estava vivo e palpitava em meu peito. Por dentre essa confusão comecei a ouvir. Ouvi vozes bem familiares, o rufar de folhas sob meus pés, água corrente em algum lugar meio distante, mas ainda sim muito próximo, respirações perto de mim, pegadas de animais e, uma coisa que novamente me assustou, um vento muito familiar e não assim tão normal. Foi então que eu realmente ouvi: não eram vozes conversando calmamente, eram gritos mudos e obscenidades sendo gritadas em voz baixa; não eram folhas voando com a brisa leve, eram árvores praticamente se curvando ao vento e a água, como se não houvesse forças mais para que não tombassem; não era água corrente, era uma tempestade de lágrimas e água do céu que se derramava ao meu lado – sendo as lágrimas - e um tanto distantes – sendo a chuva; não eram respirações normais, eram respirações arfantes e desesperadas; não eram pegadas de animais amassando as folhas secas do outono, era uma corrida de animas enormes esmagando tudo em seu caminho, como que para fugir de um destino esmagador; e, ainda assim, o vento não deixara de ser familiar e incomum – a única coisa que não pude perceber mudança alguma. Só depois de prestar a devida atenção é que eu percebi o que estava acontecendo. Fiquei apavorada.
Como no despertar de um sonho, eu vi; eu os vi, eu nos vi, eu vi a tudo. Era um caos. Muitas pessoas estavam amontoadas sobre um corpo realmente muito pálido, e que não parecia estar em uma posição muito confortável ou agradável, mas parecia estar daquele jeito a horas. Aquelas pessoas me eram todas conhecidas, e eu percebi o espanto nos olhos delas. Elas corriam e voltavam, iam e vinham, se escondiam e reapareciam. Era tenebroso de se ver aquilo. Tinha muitos guardas próximos por ali, alguns deles até pareciam muito chocados, e muito tristes – um chorava. Havia ali também um homem, que eu não reconheci mas que me parecia muito familiar. Um loiro alto e de olhos verdes cor de musgo. Ele me fitava. Um brilho veio de sua mão esquerda, feriu meus olhos e me fez desviar o olhar. Eu não conseguia entender aquela situação, estava tudo muito confuso. Olhei para cima, ainda não tinha percebido se era dia ou noite. Então me deparei com uma parede. Não uma parede qualquer, não uma parede em cima de minha cabeça; uma parede de pedra, que era íngreme e ia subindo. E, ao vê-la, me dei conta do que estava acontecendo. Estávamos todos ao chão de um penhasco, a reta final de um. Olhei-o bem, e então levei um choque. Era o meu penhasco. O penhasco que me havia parado algum tempo atrás, o penhasco que me fizera recuar, o penhasco do qual eu quase me jogara acidentalmente, o penhasco do qual eu o vira, o penhasco do qual eu vira Jean. Então, finalmente, eu compreendi a situação. Olhei de novo para aquilo que jazia morto e parado a meus pés, e me dei conta de duas coisas, simultaneamente. Primeira: nenhuma daquelas pessoas me notava, até eu não me notaria se estivesse olhando de fora, se fosse uma observadora; meu corpo não tinha substância, não era palpável, não era concreto; era uma poeira, uma brisa. Segunda: aquele corpo era meu. Aquela pessoa era eu. Aquele penhasco era meu. Aquelas pessoas eram meus familiares e amigos. Eu estava morta, eu havia me jogado do penhasco. Não, não parecia provável, não era possível. O penhasco havia me parado, eu havia tido minha ilusão, eu havia desmaiado a dez metros de distância da beira do penhasco, eu não queria me suicidar. Aquilo era impossível, improvável de mais. Era um sonho, só podia ser um sonho, tinha que ser um sonho. Meu corpo jogado no chão e meu espírito olhando-o sem perceber quem era. Como? Tinha de haver alguma confusão, alguma troca de corpos, alguma ilusão, algum sonho, algum engano. Eu não pulei daquele penhasco, eu não fui jogada daquele penhasco. Eu não podia estar estatelada no chão, morta. Pensando nisso, comecei a chorar. Minhas lágrimas eram cor de púrpura, eram lindas. Elas faziam desenhos no ar e tocavam a pele de meu eu morto. Quando ela tocou minha pele, eu senti em mim. E senti o vento a secando, e me deixando fria. Assim que o vento soprou notei que aquilo era estranho demais para ser real, e complexo demais para ser um sonho. Fitando o chão percebi que não havia mais folhas, nem sangue, nem pés; olhando para frente percebi que não havia mais pessoas, nem água, nem vento, nem animais; olhando para cima vi que não havia mais penhasco, nem céu, nem sol ou chuva. Olhei para onde meu corpo estava e não estava mais lá. Eu estava em um espaço em branco, um espaço claro – claro como a luz da escada que dá para o céu. Era errado, definitivamente errado. "
sim, eu quero tentar escrever um livro. eu ia colocar essa parte inteira, mas era coisa demais. sepá que um dia eu coloco todas as partes. esse eu tenho completo, mas tem um outro que eu perdi toda a edição que eu tinha feito e to sem o final dessa parte, pq ta no outro pc. mas eu realmente preciso que comentem, quero mt mt mt saber se isso tá bom. 1bjs :*

manter seus olhos aqui não faz sentido algum ♪

quando olho para trás, vejo meu passado. a idéia que me ocorre de passado é você. a parte predominante. as outras coisas não me marcaram tanto. e mesmo apesar de eu saber que não te marquei do mesmo modo, algumas vezes ainda queria te ver sentindo minha falta e pensando em mim. mas isso não acontece. e eu não me importo. você não sente minha falta, eu não sinto a sua também. a saudade que me vem era de como eu queria ser feliz ao seu lado, de como eu queria que você me amasse e de como eu queria acreditar nas suas palavras. como eu queria que o clichê fosse real. mas nada foi real, nada disso importou. você me disse adeus sorrindo, e eu chorei. eu chorei, pela última vez. e essa não foi minha promessa de Ano novo, eu não fiz esforços para guardar minhas lágrimas ou tentei te evitar a todo custo. eu preferia bater de frente com você, preferia que você me visse e não visse estrago nenhum, até hoje eu anseio por isso. ainda quero que você veja meu sorriso, me veja acompanhada e pense que um dia quem sabe isso poderia ter sido seu, mas não foi. e a culpada não fui eu. foram as lágrimas, foi você. todas as vezes que eu chorei em frente a tela fria de uma máquina, era por que suas palavras me feriam. e mesmo assim no outro dia você vinha para mim com os braços abertos, e eu te perdoava. eu sempre te perdoei, fui ao extremo e quebrei todas as regras. até o momento em que as lágrimas secaram e as suas palavras eram só palavras e não promessas e você não era mais uma necessidade, era uma pessoa qualquer. mais uma pessoa que passou por minha vida, e ficou para trás. foi mais uma lágrima, que no momento me incomodou me importou que os outros a vissem, mas hoje, é só mais uma daquelas lágrimas. mais uma que foi afogada em um mar de sorrisos.
e hoje eu faço questão de que todos vejam você, apesar de eu sempre ter feito questão disso. mas hoje, não importa mais que te vejam e me digam que você nunca me amou ou que você me ama e eu te deixei, hoje isso tudo é só um empecilho. um empecilho antigo. você é parte do meu passado. e ainda assim, não me arrependo de não deixar o meu passado para trás. e eu não devo mais satisfações a ninguém.

Thursday 28 January 2010

Oh captain, my captain

Tantas vezes as lágrimas me escaparam, os soluços não me são controlados e minhas palavras me calaram. Sinto falta de um tempo em que eu ainda não vivi, em que essas estúpidas lágrimas viraram mera recordação, e já não posso mais ouvir nossos enfurecidos gritos ou nossas ridículas discussões. Fecho meus olhos e tento me desligar das vozes cínicas que me analisam. Me imagino à milhas distantes e posso sorrir ao sentir o sol queimando minha pele ou a chuva de neve esbranquiçando meus cabelos com um frio incomum e natural que me aconchega. Me aconchega mais que o assento quente no lugar frio do qual eu me encontro sentada ao lado ouvindo você me julgar. Em meio ao desespero, me descubro tentando olhar em frente apesar das grossas lágrimas me borrarem a visão, tentando argumentar contra mim mesma para me manter calada e não explodir em gritos obscenos. Um calor queima minha pele e se choca com o frio glacial deste inferno inventivo. Pensaria em correr para longe mas me prendo para ouvir meu glorioso final. Obrigada, meu herói.

mas se pelo menos você estivesse aqui

é mais um sonho, é mais uma lembrança, é mais um querer. talvez, jamais passe do fato de eu ter sonhado tudo, de todos os meus sonhos jamais terem acontecido. toda essa saudade que eu sinto do que nunca aconteceu, do que eu nunca tive, do que eu nunca fiz. tudo ser apenas ilusão, assim como mais da metade de tudo que passou pela minha vida. nada ter sido real, nunca. tem vezes que essa incerteza me toma, e eu não posso resistir em não pensar nela. dizem por aí que coisas só são reais a partir do momento em que você as toca, em que você as sente, em que você esta na presença delas. então tudo poderia ter sido apenas um distúrbio, apenas um sonho. apenas mais um sonho. não tenho certeza de que sim, mas tenho certeza que não. tenho certeza de que a saudade que eu sinto dos dias que eu nunca vivi, das pessoas que eu nunca conheci, dos lugares em que eu nunca fui é real. eu sei que real, eu sinto que sim. de todas as emoções a que sempre tive mais certeza de reconhecer a partir das primeiras partículas de sentimento é saudade. eu sinto saudade dos programas que eu nunca vi, das pessoas que eu jamais pude abraçar, dos sentimentos nos momentos em que eu nunca senti. pelo menos não no momento real, no momento do agora; no presente.
e eu sinto saudades imensas de minha amiga que eu nunca conheci, mas que eu amo e sei que por mais difícil que seja aceitar as vezes, ela me ama também, haha; do programa que eu nunca vi apesar de gostar dele mesmo assim, e saber que foi um dos melhores programas de todos os tempos; dos meus ídolos que eu jamais pude conhecer, mas que eu sinto de uma forma louca e alucinógea, eles também me conhecem e também sentem falta da fã histérica que eles nunca viram na vida; das platéias e cadeiras de teatro em que eu nunca estive, mas que ainda assim tem minha fragância guardada, minhas lágrimas secas lá e o eco de meus gritos abafados por um choro de felicidade. e apesar de jamais tê-los visto pessoalmente, jamais ter estado lá, eu os amo. eu amo essas pessoas, esses lugares, esses programas. eu amo tudo isso, de uma forma inexplicável e que ninguém entenderia. é um amor de fã.

[to: Flávia, Marcos, Elídio, Daniel, Anderson. eu amo vocês ]

Wednesday 27 January 2010

eu não quero ficar nem mais um segundo aqui ♪

Pra começar eu te amo, e não sei explicar em palavras o que eu sinto. não em palavras, apenas em lágrimas e sorrisos. apenas em silêncio. apenas com um abraço e com um beijo é que as palavras não ditas tomam algum significado. só olhando em teus olhos é que a falta que você me faz pode ser extinguida temporariamente, e só assim eu consigo ser feliz mais uma vez antes de te ver partir. Somente a tua presença pode me curar da dor de não te ver nunca mais.da dor de não te ter, da dor de te querer, da dor de te perder todos os dias, continuamente sem poder impedir. a dor de saber que eu não tenho forma sob humana alguma para poder te fazer parar de ir e me deixar, sozinha. não há nada mais, força alguma em mim, para suportar mais um adeus. para suportar mais uma lágrima, mais uma decepção. não existe como; essa dor que eu sinto é inexplicável. você teria que se estar a beira da morte para poder sentir essa dor e não sobreviveria. qualquer outra pessoa que fosse, não agüentaria mais um segundo e imploraria para morrer logo e não precisar mais suportar isso.
o tempo se foi rápido demais, e eu não pude perceber que as lágrimas secaram, que os sorrisos se esvaíram, que os abraços eram simples recordações, que os seus olhos eram apenas mais uma alucinação e que eu estava sozinha mais um vez. que eu estava perdida mais uma vez em um universo paralelo, que nada passava de um sonho. nesse sonho eu sabia que podia sentir a chuva tocando minha pele, e que sentia o frio vindo com as gotas congeladas; que eu podia sentir o sol me aquecendo e descongelando esse coração ridiculamente partido; que eu podia ver teus lábios se abrindo em um sorriso torto mais um vez e que sentiria as lágrimas escorrendo frescas de meus olhos e meus lábios ressecados se levantando nos cantos; e eu sabia que apenas nesse sonho sentiria o calor da tua pele e ouviria tuas palavras dizendo que se importam com minhas lágrimas e que não querem me ver chorar. E então, eu acordo.

i still love you

nem tão fácil, nem tão perto

vou ter que adiar esse sonho mais um pouco. Ter que esperar mais alguns anos, mais algumas lágrimas, mais algumas oportunidades, mais alguns instantes. eu sei que quem soubesse dos meus sonhos os consideraria pequenos demais, fúteis demais, insignificantes demais. meu sonho não é grandioso e não vai me trazer fama nem dinheiro. não serei famosa nem conhecida por realizar meu sonho. ele é mais um desses sonhos perdidos no meio do mundo, assim como tantos outros; assim como um grão de areia. não sonho em ser a próxima Madonna, em ficar voando de jatinho para Paris todo fim de semana, em ser a atriz mais conhecida do mundo. eu sonho em conhecer um lugar comum, um lugar pequeno, um lugar próximo a mim. eu sonho em conhecer meus ídolos, eu sonho que eles se lembrem do meu nome ou ao menos lembrem de mim. eu sonho em ter melhores amigos e contar as melhores histórias, as histórias que todos querem ter. eu sonho em ter um amor pra vida inteira, meu maior sonho já foi ser de uma pessoa e essa pessoa ser minha; esse sonho eu ainda tento esquecer. e eu ainda sonho, com toda a ingênuidade em ser feliz. simplesmente ser feliz, simplesmente ser uma pessoa das mais comuns que faz a maior diferença. ainda sonho com abraços apertados, com lágrimas a toa, com risos na madrugada, com ligações pra pedir com conselhos. ainda sonho com conhecer meus amigos que eu nunca vi, mas que eu amo tanto. ainda sonho com recuperar minhas amizades antigas e um dia deixar de ser tão criança. ainda sonho em nunca ter mais que 15, ou se for pra ter 18 e poder ter a habilitação e fazer minha tatuagem sem minha mãe ralhar. ainda sonho em ver uma estrela cadente e vê-la realizar meu desejo. ainda sonho em conseguir tapear a morte e aguentar mais uns dias. ainda sonho em terminar o livro que eu nunca comecei. ainda sonho em as pessoas virem me pedir ajuda com seus problemas. ainda sonho em ser médica legista e ainda sim fazer o curso de Direito e Engenharia Tecnológica. ainda sonho em viver uma comédia romântica. e ainda sonho em nunca mais adiar meus sonhos para as futilidades impostas nos meus dias comuns.